QUEM SOU EU

terça-feira, 27 de maio de 2008

OFÍCIO DE POETA

Fecha os olhos e se deixa levar
De fio a fio a tecer sentimentos
Inventa uma história, surge o enredo
Tomando a essência de suaves momentos.

Há sempre um poema, ainda a escrever
É o cerne que mantém o ofício
Talvez divagações, coisas da paixão
Ou apena uma questão de vício.

Da vida o brilho observa e retrata
Com persistência alcança sua meta
Tudo o inspira nada lhe escapa
Encanto ou sedução? Ofício de poeta.
Auristela Fusinato Wilhelm
(a partir da sugestão do primeiro verso por Sérgio)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

DOR DE AMOR

Sempre a pessoa errada.
É a que me parece certa,
Pensei que seria amada
E a ferida continua aberta.

Como se fosse o meu
Eu quis ter teu coração
Fiz de tudo, mas não deu
Vou morrer dessa paixão.

Andando por todo lado
Fiquei eu como uma louca
Chorando o amor sonhado
A dor não pense foi pouca.

Com a sensação de doente,
Me deixou tanta paixão.
Frágil, infeliz e demente,
Com muita dor no coração.

É de dentro que vem a dor
Nem dá pra notar por fora
É dor sofrida, dor de amor
Um dia ela vai-se embora.

Auristela Fusinato Wilhelm

domingo, 18 de maio de 2008

AMOR SEM FIM

Nas palavras... emoção
No coração muito amor
Vida feita de paixão
Vivida com muito ardor.

Num calor aconchegante
Envolvida nos teus braços
Me deixei ficar um instante
E aliviei o meu cansaço.

Cantei a beleza da flor!
Meu canto transpôs barreiras.
Cantei a beleza do amor,
Amei-te de mil maneiras.

É mesmo, amor até o fim
Senão viver não quereria
É lindo um amor assim
Que se renova todo dia.

Quero teus beijos, é vero.
Sem eles não posso viver,
E saiba que também quero,
Em teus braços me acolher.

E sinta nos lábios prazer!
De um beijo sem censura
Só não vá enlouquecer
Pra não acabar a aventura.

Mesmo que seja uma quimera
Doce encanto, faz de conta
Não me canso fico à espera
Que me ames, estou pronta.

Auristela Fusinato Wilhelm

terça-feira, 13 de maio de 2008

VIAGEM INSANA

A noite me toma, fagueira em seus braços
Assim me transporta, não sei o caminho,
Nem quem eu sou, também onde estou
Me encontro, me perco, a razão vai e volta.
Me banho em meus sonhos, transpiro loucura.

Me inspiro, componho um cenário.
Sou Eurídice, Julieta, Jocasta, Desdêmona
Maria Madalena, Joana Dar’c, Titânia
Sou Dalila escondida, na fragilidade dos cabelos.

Algo me ocorre, é luz, lucidez, maltrata, não vejo.
Embrenho-me ao mais íntimo resquício de gente.
Sou todos eles, tudo e nada, obscuridade.
Sou eu, me encontrei , estou de volta.
Pouco e nada sei de tudo o que sou.

Aninhada em meu leito, me deixo sonhar.
Durmo e acordo, idéias a bailar,
Outro dia virá, então, me encontrar.
Não sei se quero... Não quero acordar.
Auristela Fusinato Wilhelm

domingo, 11 de maio de 2008

DIA DAS MÃES

Mãe, teu amor me deu vida
Feliz me viste nascer
Contigo aprendi a amar
Teu carinho me fez crescer.

Mesmo nas horas difíceis
Nunca tiveste fraqueza
Teu esforço se fez coragem
Tua luta se fez beleza.

Me conduziste, estou aqui
E neste dia que é todo teu
Te faço essa homenagem
Declaro-te o amor meu.

Não sei onde estás agora
Tua presença é saudade
Amor de mãe não se acaba
Permanece na eternidade.

Se pudesse voltaria ao passado
Seria novamente criança
Estaria contigo ao meu lado
E não só na minha lembrança.

Saudades, desde 14/08/2003

sexta-feira, 9 de maio de 2008

NÃO ME CANSO DE TE AMAR

Vejo no luar teu sorriso
que me leva a sonhar...
Em ti está meu paraíso
Sou feliz por te amar

No dia que te conheci
Percebi que te queria
Hoje agradeço muito
Por ter tido aquele dia.

Prometemos muitas coisas
Algumas até esquecemos
Outras ficaram pra trás
Lutamos, sobrevivemos.

O amor superou as crises
Não foram poucas, sabemos
E nas horas mais difíceis
Unidos é que vencemos.

A nossa vida com carinho
Cultivamos lado a lado
Para deixar como exemplo
Aos nossos filhos amados..

Thalita, Rafa, Rick e Giulia
Nossas flores no jardim
Da nossa vida plantado
Hoje ainda eu digo SIM.

(Especilamente hoje, que comemoramos 21 anos de casamento)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

COMENTANDO

Ou Poetando...
Quão grande é a Terra
Aos nossos olhos nus,
Desprovidos da capacidade
De ver além,
Nos pontos cegos.
Em sua pequenez universal
Pode ela,
Proporcionar-nos muito.
E nós pequenos grãos,
Grandes... A nossos olhos egocêntricos,
Onde o campo visual
Resume-se a nosso espelho.
Que tamanho temos
Inseridos no Universo?
Como podemos contribuir?
Faríamos muito,
Se nossa contribuição
Se limitasse ao nosso espelho.
Há tantos espelhos por aí.
Somos pequenos e tão grandes.
Podemos pouco e isso é muito
Se fizermos a nossa parte.
E muitos “poucos”, se tornarão muito
Nesse “mundão” pequeno.
Auristela Fusinato Wilhelm
(a partir de um comentário
sobre o soneto
Sementes de Beleza
de Diógenes Pereira de Araujo)

domingo, 4 de maio de 2008

POEMA COLETIVO

Estranha loucura de mim se apodera
A poesia me toma,
a pena salta-me as mãos, verso aflora
As palavras jorram,
surgem do nada e se acomodam.
No Divan dos poemas
assenta-se o Deus que o poeta adora...
E as rimas que nascem emoldurando os versos
Dançam na ponta da língua, silenciosamente.
Para no papel se acomodarem graciosamente
E agora, rimas em riste,
quem tem um coração para sentir?...
E num penoso pressentimento de ganho
declamo uma ínfima palavra que chora
Que unida as outras compõe melodia,
de choro ou de riso não importa,
está pronta agora.

Leninha, Carmen, Auristela, Bell
na comunidade Fernando Pessoa Tribalistas