QUEM SOU EU

quinta-feira, 31 de julho de 2008

A ESPERA DO SEU OLHAR

A espera de seu olhar eu fico,
Tentando imaginar o que você sente.
Isso parece esquisito,
Mas não é, só estou carente.

Adoro seu jeito envolvente.
Me olhe por favor, eu suplico.
A espera de seu olhar eu fico,
Tentando imaginar o que você sente.

Tem um poder infinito,
Esse olhar entorpecente
De todos é o mais bonito.
Me olhe uma vez somente,
A espera de seu olhar eu fico.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 31/07/2008 a partir dos dois primeiros versos deixados por Marischurr no fórum RONDEL do Recanto das Letras)

terça-feira, 29 de julho de 2008

ÀS VOLTAS COMIGO

Numa urgência repentina,
Quero a sublimação...
Não sei se é vontade ou sina
Ou questão de afirmação.

Menos palavra, mais ação!
Volto ao tempo de menina.
Numa urgência repentina,
Quero a sublimação...

Sempre dou a volta por cima,
Até na mais dura solidão.
Seguir pois a vida ensina,
Sigo então meu coração,
Numa urgência repentina.

Auristela Fusinato Wilhelm
em 29/07/2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

PAIXÃO PASSAGEIRA

Ainda sinto teu perfume,
Foi passageira a paixão.
Tão depressa ir ao cume,
Como a despencar num vão.

Como dói meu coração...
E eu pensava estar imune,
Ainda sinto teu perfume,
Foi passageira a paixão.

Breve luz de vaga lume,
Tal como um frio de verão
Que a instantes se resume...
Tudo acabou, foi ao chão.
Ainda sinto teu perfume.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 24/07/2008)

domingo, 20 de julho de 2008

QUEM NUNCA AMOU DE VERDADE

Quem nunca amou de verdade
De amor não pode entender.
Não sofre por ter saudade,
Nem tem graça seu viver.

Mesmo a paixão a corroer,
É melhor, dá imunidade.
Quem nunca amou de verdade,
De amor não pode entender.

A flor da felicidade,
O amor faz florescer.
Só vive pela metade
E aos poucos está a morrer,
Quem nunca amou de verdade.

Auristela Fusinato Wilhelm
em 20/06/2008

sábado, 19 de julho de 2008

NO POÇO DA ALMA

Porque só a mim é dado entender
E ver quão profunda é minha alma
Me acalma adentrá-la e compreender,
O meu ser desvendar, dar-me à palma

Da guarda liberto-me um pouco
Do mouco e uivante sussurro
Dos muros que não separam os loucos
Nem tampouco o meu lado obscuro

Seguro firmemente vou adiante
Não obstante mantenho o compasso
No espaço componho nova trama.

Me engana esse túnel distante
Avante, amarro, dou novo laço
Retorno a minha vida insana.
Auristela Fusinato Wilhelm
(em 19/07/2008)

CADA DIA É ESPECIAL

Cada dia que vivemos
É uma ocasião especial
Depende do que fazemos
E ele se torna imortal.

A melhorar o astral,
Com o tempo aprendemos.
Cada dia que vivemos,
É uma ocasião especial

A canção que escolhemos,
Pode ser um recital.
Vamos então, cantemos
E jamais será igual,
Cada dia que vivemos
.

Auristela Fusinato Wilhelm
em 19/07/2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

TIRANDO A ROUPA

Às vezes é preciso se despir,
Tirar tudo o que incomoda.
Jogar fora esse velho existir,
Para vestir uma vida nova.

Mudar o rumo dessa prosa,
Para novos caminhos seguir.
Às vezes é preciso se despir,
Tirar tudo o que incomoda.

Parar no tempo é desistir,
É viver de forma perigosa.
Desconstruir para prosseguir
E entregar-se a dor da poda.
Às vezes é preciso se despir.

Auristela Fusinato Wilhelm
em 15/07/2008

terça-feira, 8 de julho de 2008

FANTASIA OU REALIDADE?

Permear à vida, fantasia,
É que sustenta a realidade.
Vida nova ao novo dia,
Sem esse peso da crueldade.

Quase beira a fatalidade,
A crueldade da vida vazia.
Permear à vida, fantasia,
É que sustenta a realidade.

Sonhar é viver de verdade,
É o sonho que traz calmaria
E traz consigo a liberdade,
Não sonhar é viver agonia.
Permear à vida fantasia...

Auristela Fusinato Wilhelm

domingo, 6 de julho de 2008

AMOR QUE ALIMENTA

Teu beijo me dá prazer,
Teu abraço me acalenta.
Tu és o meu bem-querer,
Teu amor me alimenta.

Estar contigo sustenta
E só assim quero viver.
Teu beijo me dá prazer,
Teu abraço me acalenta.

O amor a ti me acorrenta
E não quero te perder.
Sinto que sempre aumenta,
Fui feliz em te escolher.
Teu beijo me dá prazer...

Auristela Fusinato Wilhelm

CORAÇÃO PARTIDO

Do interior vem-nos dor
Sem notar nada por fora
Dor sofrida, dor de amor
Um dia ela vai-se embora.

Que ela vá sem demora,
Devolva da vida o sabor.
Do interior vem-nos dor,
Sem notar nada por fora.

Que possa me recompor,
Que da cura já é hora,
Esse coração sofredor
Carece de uma melhora.
Do interior vem-nos dor...

Auristela Fusinato Wilhelm

CAFÉ COM POESIA

Enquanto acompanho a melodia,
Desses pássaros no amanhecer
Tomo café, e escrevo poesia,
Transformo em versos, meu viver.

Esses versos são minha alforria
E não me permitem esmorecer.
Enquanto acompanho a melodia,
Desses pássaros no amanhecer.

Escrevendo, expurgo a agonia,
Eu me liberto de enlouquecer
E assim posso melhorar meu dia,
Com poesia que me faz reviver,
Enquanto acompanho a melodia.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 06/07/2008)

sábado, 5 de julho de 2008

SAUDADE QUE MATA

Penso em ti, dói a saudade,
Ainda sinto tua presença.
E penso não ser verdade,
Que me tens indiferença.

Estou à beira da demência,
Falta-me a serenidade.
Penso em ti, dói a saudade,
Ainda sinto tua presença


Essa falta é crueldade,
Maltrata como doença.
Nunca ter felicidade,
Será a minha sentença?
Penso em ti, dói a saudade...

Auristela Fusinato Wilhelm

quarta-feira, 2 de julho de 2008

CHORA CORAÇÃO

Coração quer descansar,
Está totalmente abatido.
Cansado por tanto amar,
E nunca ser correspondido.

Chora aos pedaços, ferido,
Tempo todo a soluçar.
Coração quer descansar,
Está totalmente abatido.

Só quem o ama, quer amar,
É seu constante pedido.
Não mais se despedaçar,
Deixar de viver iludido.
Coração quer descansar...

Auristela Fusinato Wilhelm

OS POETAS! AH, ESSES LOUCOS

Os poetas! Ah, esses loucos,
A dizer tudo o que querem,
A tomar a alma dos outros,
Sem querer, às vezes ferem.

Que de mim não se apoderem,
Nem de minh’alma tampouco,
Os poetas! Ah, esses loucos,
A dizer tudo o que querem.

Ao choro se fazem moucos,
Segredos do amor revelam
E amam assim como poucos,
Que os sentimentos digerem.
Os poetas! Ah, esses loucos...

Auristela Fusinato Wilhelm