QUEM SOU EU

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Habitat


Habitat
Um amontoado de tijolos e cimento.
Material fixado pelo homem
Num pedaço de terra.
Mas o que importa não é a matéria. 
É o espaço.
Um espaço delimitado,
Mas sem a conotação de prisão.
É um espaço de liberdade.
Liberdade do ser e do ter,
De viver e poder.
Onde as flores atraem as borboletas
Que alimentadas seguem seus caminhos.
Espaço que atrai, mas não prende.
Aqui também vou preparar meu alimento,
O alimento da matéria e da alma.
E, quando saciada
Poderei partir livremente.
Um espaço pra chamar de meu,
Até o dia de alçar o vôo definitivo.
Um belo espaço.
Entre a indefinição de rir e chorar,
Optei pelo sorriso.
Meu corpo todo sorri.
Um sorriso que não se perde
Porque vem da alma.
Não pela conquista do bem material.
Sorri pelas flores, pelas borboletas,
Pela liberdade de experimentar novos vôos. 

Habitat


Vitórias são para ser compartilhadas.
Quando vim morar nessa casa tinha intenção de comprá-la. Marquei um tempo: setembro seria a época que eu estaria pronta para realizar esse sonho. Não sei se por causa da primavera. Eu fui gerada em plena primavera. Não deu tempo. A casa foi vendida em 28 de maio. Primeiro pensamento: sonho ao chão. Ou melhor, fiquei sem chão. Em seguida ocorreu-me que provavelmente Deus tinha alguma coisa melhor para mim. E ontem, 10 de agosto, que poderia ser um dia triste pois completaram 8 anos do dia que vi pela ultima vez a minha mãe viva (ela faleceu em 14/08/2003) eu paguei, recebi a chave e os documentos da minha casa. Deus foi mesmo providencial. Um lindo lugar para chamar de meu. No meio da natureza, ladeado por um ribeirão, com espaço para que as flores atraiam as borboletas que assim como eu me sinto agora, são livres em seu pleno voo. E ali vou depositar temporariamente minha história. Até o momento de um novo voo. Beijos.

domingo, 7 de agosto de 2011

DESPERTAR

Despertar é tudo e é bem verdade que para isso nem sempre é suficiente estar com os olhos abertos. Lembro de quando eu discordava da terapeuta e dizia que para ela era fácil falar porque os pensamentos ruins não vinham na cabeça dela e sim na minha. Ela me dava a entender que eu dava permissão para que esses pensamentos se instalassem na minha mente. Eu insistia que eles vinham sozinhos e que pensamento não era como uma coisa que a gente não quer mais e joga fora. Com o tempo aprendi a dizer para meus pensamentos ruins saírem pela mesma porta que entraram. Se não consigo de imediato substituí-los por outros eu começo a cantarolar uma música, pode ser cantiga de roda, um canto de igreja ou um sucesso da hora. Não importa. A música envolve e por mais automático que seja o cantarolar acho que ele requer exclusividade em nosso espaço de pensar e não deixa ninguém atrapalhar.
Tenham todos um bom dia