QUEM SOU EU

segunda-feira, 31 de março de 2008

SONETOS MACHADIANOS

E Dom Casmurro (ou seria Machado de Assis?) disse: “Capítulo LV“ Um Soneto( ... ) contarei a história de um soneto que nunca fiz. Era no tempo do seminário, e o primeiro verso é o que ides ler: Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura! ( ... ) me determinei a compor o último verso do soneto e, depois de muito suar, saiu este: Perde-se a vida, ganha-se a batalha! ( ... )A sensação que tive é que ia sair um soneto perfeito ( ... ) Então tornava ao meu soneto, e novamente repetia o primeiro verso e esperava o segundo; o segundo não vinha, nem terceiro, nem quarto; não vinha nenhum. No ano de Machado de Assis, apresentamos o seu Desafio Poético: escrever o soneto que Dom Casmurro não escreveu, aproveitando o primeiro e o último versos por ele criados.
http://www.literaturalivre.com.br/?area=20

Oh! Flor do céu! Oh! flor cândida e pura!
Em meu lamento murmuro teu nome
Não posso sair dessa minha clausura
Que me prende a essa noite tão insone.

Vem libertar me dessa angústia minha
Dá me essa paz que eu procuro sem fim
Rogo preces, feitas em ladainha
Se não voltas, permanecerei assim.

Viver sem ti é o mesmo que morrer
E assim me deixo partindo aos poucos
Que na vida só me resta sofrer.

Não suporto a dor, coragem me falha
Não quero ficar nesse mundo de loucos
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Auristela, em 31/03/2008

SONETO V

Oh amor meu, amor da minha vida,
Em meu lamento murmuro teu nome.
Não posso sair dessa paixão sofrida,
Que torna minha noite tão insone.

Vem libertar-me dessa angústia minha,
Dá-me essa paz que eu procuro sem fim.
Rogo preces, feitas em ladainha,
Se não voltas, permanecerei assim.

Viver sem ti é o mesmo que morrer
E assim me deixo partindo aos poucos,
Que na vida só me resta sofrer.

Não suporto a dor, coragem me falta,
Não quero ficar nesse mundo de loucos.
Me ama, acaba esse sofrer que me mata.
Auristela em 04/04/2008

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Estar contigo é o que mais desejo
Me transformo no momento que vejo
Meu viver passa a ser uma aventura.

Nessa loucura ao menos sou feliz
Fantasia que toma conta de mim
Me eleva ao céu, gosto de estar assim
Vivendo da forma que eu sempre quis.

Não quero sair desse sonho profundo
Sonho encantado que dá nova vida
E por instantes melhora meu mundo.

Não te ver é entregar-me a uma talha
Fico aos pedaços, mas menos sofrida.
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Auristela em 13/04/2008

SONETO VIII

Estar contigo é o que mais desejo
Olho, sinto um calor, uma fervura
Me transformo no momento que vejo
Meu viver passa a ser uma aventura.

Fantasia que toma conta de mim
Nessa loucura ao menos sou feliz
Me elevo ao céu gosto de estar assim
Vivendo da forma que eu sempre quis.

Não quero sair desse sonho profundo
Sonho encantado que dá nova vida
E por instantes melhora meu mundo.

Se não te vejo, me toma a tristeza
Fico aos pedaços, sofrida, perdida.
Não me prive, por Deus, da tua beleza.
Auristela em 13/04/2008

Oh! Flor do céu! Oh! flor cândida e pura!
O meu amor e meu viver a ti entrego
Aceita-os ou me levarás a loucura
Se não os queres, à vida então me nego.

Ficar sem ti, é o mesmo que morrer
E estou disposto a receber tal morte
Melhor partir com o coração a doer
Do que sofrer, não sou assim tão forte

Em meu partir, não derrames tuas lágrimas.
Se em vida não quiseste me dar amor,
Não necessito em morte de tuas dádivas.

Não voltarei, não há choro que valha,
Nem mesmo preces ditas com louvor.
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Auristela em 13/04/2008

Já não posso mais resistir à tortura
O meu amor e meu viver a ti entrego
Aceita-os ou me levarás a loucura
Se não os queres, à vida então me nego.

Ficar sem ti, é o mesmo que morrer
E estou disposto a receber tal morte.
Melhor partir com o coração a doer
Do que sofrer, não sou assim tão forte.

Em meu partir, não derrames tuas lágrimas.
Se em vida não quiseste me dar amor,
Não necessito em morte de tuas dádivas.

Não voltarei, não há choro que valha,
Nem mesmo preces ditas com louvor.
Vida perdida no fio da navalha

Oh! Flor do céu! Oh! flor cândida e pura!
Vem que eu te quero, me ama ainda mais
Me deixa viver essa doce loucura
Faz-me carinho, me beija demais.

Gosto de tudo o que vivo contigo
Mudar nem pensar, continua assim
Se me queres só tua, serei teu abrigo
Me toma em teus braços, te dou o meu sim.

Em solo fértil, cada dia germinando
O amor presente, um viver encantado
E assim na vida, seguir sempre amando.

A graça de um dia partilhar a mortalha,
Será a bênção de um amor tão sagrado.
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Auristela em 13/08/2008

Nas tuas mãos entrego o meu coração
Vem que eu te quero, me ama ainda mais
Vive comigo essa doce paixão
Faz-me carinho, me beija demais.

Gosto de tudo o que vivo contigo
Mudar nem pensar, continua assim
Se me queres só tua, serei teu abrigo
Me toma em teus braços, te dou o meu sim.

Em solo fértil, cada dia germinando
O amor presente, um viver encantado
E assim na vida, seguir sempre amando.

A graça de um dia partilhar a mortalha,
Será a bênção de um amor tão sagrado.
Que sem amor, não há vida que valha.
Auristela Fusinato Wilhelm

sexta-feira, 28 de março de 2008

CALABOUÇO

As coisas do coração,
Paixões que vivi intensamente;
As coisas da minha mente,
Verdadeiras em mim somente;
As coisas misteriosas,
Repentinas como a morte
São marcas de uma vivência.

As guardo, deixo em dormência,
Que assim ficam sossegadas
Nos calabouços do meu ser.
Escravizam, me prendem sempre,
Emocionam, e eu choro, loucamente.
(Auristela a partir de um poema
de três versos da Nancy.
observe sempre a primeira
palavra de cada verso)

quarta-feira, 26 de março de 2008

COLÓQUIO POÉTICO

Conversa pra jogar fora
Ou guardar bem guardadinha
Loucuras, lamentos, lorotas
Ócio sadio e produtivo
Quando realizado no coletivo
Uiva aqui um descuidado
Imagina lá um desocupado
Ouve o outro e registra.

Procura mais palavras
O dicionário está perto?
É ele que nos socorre
Tem vocábulos diversos
Incluem-se então novas falas
Começam a aparecer os versos
Ofício de quem é poeta

Auristela

terça-feira, 25 de março de 2008

CONFLITO

Sinto em meu peito um conflito,
O mesmo peito a comportar ações distintas:
Luzir a ponto de ofuscar de tanta luz,
Ou então sem nenhuma explicação,
Delir totalmente a luz interior e escurecer-se;
Da luz à escuridão e vice versa
Tristezas e alegrias se revezam.
Beleza que só pode ser reconhecida
De fato se tivermos a noção do feio.
Sentir... independente da sensação é viver!
Auristela Fusinato Wilhelm
( a partir de um poema
de três versos do Rhusso:
Sinto o luzir
O delir da tristeza
Beleza de sentir...
Observar sempre a primeira
palavra de cada verso)

segunda-feira, 24 de março de 2008

TECELÃO DE PALAVRAS

O triste viver do poeta:
prazer de juntar as tristezas
de costurá-las em versos.
Um a um vai modelando.
Poeta és um artesão.
Está aqui tua matéria prima
no coração do amante:
amor incorrespondido
e aquele intensamente vivido.
No fim de tudo,
Ódio que fere, desmedido.
Na paixão incontida
loucura de muitas vidas
e na vida sem graça.
No dia a dia costurando
Ócio, a proclamar desgraças.
(Auristela a partir de um poema
de três versos da Nancy.
observe sempre a primeira
palavra de cada verso)

quarta-feira, 19 de março de 2008

FLOR DE LARANJEIRA

Fragrância gostosa
Lembrança da infância,
O tempo que foi
Rapidinho embora.

De todas as horas
Essas, as melhores!

Lá nesse tempo
Ainda eu brincava,
Ria por nada,
Andava feliz.
No tempo de agora
Já não tem muita graça.
E o espero passar,
Indiferente às floradas
Reconheço que a menina,
Aquela feliz, há tempo se foi.
Auristela Fusinato Wilhelm

segunda-feira, 17 de março de 2008

CONFUSÃO

Não sei muito quem sou,
O óbvio é que fosse eu.
Tudo segue sem sentido...
A vida não tem graça,
faz piada, faz trapaça,
mas é seria demais.
Tão séria,
que às vezes,
me assusta.
Auristela Fusinato Wilhelm
(em 17/03/2008)

terça-feira, 11 de março de 2008

RELÓGIO DA VIDA

HORA DE VIR, NASCER
TEMPO, TEMPO
MOMENTO
ESCURO
NOITE
DIA
SOL
TARDE
POENTE
CREPÚSCULO
TEMPO, TEMPO,TEMPO
HORA DE PARTIR, MORRER
(Auristela)

METAMORFOSE

Tem dia
que me sinto lagarta:
sufocada
na própria pele.
Não posso falar,
nem sorrir,
nem andar.
Fico parada
a divagar,
delirar.
Espio o mundo,
do lado de fora.
Luz que ofusca,
prefiro a clausura.
Então me transformo,
quero borboletear.
falar, amar,
andar, correr.
Sentir o vento,
que bate macio.
Enfrentar tormento,
aproveitar a vida.
Viver o momento
em vôo rasante.
Me permito sonhar:
Divago,
deliro...
volto ao casulo.
Auristela Fusinato Wilhelm

segunda-feira, 10 de março de 2008

VERDADE OU CONSEQÜENCIA

Inutilmente,
te disse tudo,
mesmo o que antes
escondera.
Percebi depois,
sem muito esforço,
que a suave duna
virou pedreira.
Teu coração
endureceu,
não me viu mais
da mesma maneira.
Será que mudei
por dizer a verdade?
Me transformei em menos,
por me dar inteira?
Me diz o que eu faço,
agora aos pedaços,
para em tua vida
não ficar à beira?
Preferias a aparência?
Uma doce mentira?
Não me queres mais
por ser verdadeira?
Auristela Fusinato Wilhelm

INTUIÇÂO

Como não crer?
ouço a voz do coração,
nunca ela me falhou.
Foi sempre muito certeira,
imensamente verdadeira.
Ainda que eu duvidasse
nunca me deixou na mão.
Creio pois na intuição
a melhor conselheira.

Auristela Fusinato Wilhelm

sábado, 8 de março de 2008

DIA DA MULHER

Nada de “rainha, encanto, mistério”.
Nada de “um dia especial para ti”.
Quem precisa disso?
Quero meu dia todo dia.
Quero enfrentar desafios.
Quero ser amada.
Quero simplesmente viver.
Quero...
Todos os beijos!
Todo carinho!
Todo amor do mundo.
Que nosso Feliz dia de hoje.
Seja um Feliz para todos os dias.
Auristela Fusinato Wilhelm em 08/03/2008