QUEM SOU EU

domingo, 28 de setembro de 2008

PREFIRO NÃO IR

Se adentro meu eu mais profundo
O sofrimento me deixa alucinada.
Essa viagem leva a outro mundo
A outra parte, obscura, guardada.

É árdua e necessária caminhada
Reluto, vou e volto num segundo.
Se adentro meu eu mais profundo
O sofrimento me deixa alucinada.

Demorar não posso, ou me afundo
Num abismo me sinto arremessada.
O medo de encontrar algo imundo
Me impede de continuar a jornada,
Se adentro meu eu mais profundo.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 28/09/2008)

sábado, 27 de setembro de 2008

HAYCAI

Beleza imponente.
Girassóis se locomovem
No caminho do sol

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 27/09/2008)


QUERO SENTIR O PERFUME DAS FLORES

Quero sentir o perfume das flores
E encontrar lembranças do teu cheiro.
Deliciar-me em sensações e sabores
Ao observar esse teu jeito brejeiro.

Vem para mim, vem meu jardineiro,
Vem, me protege dos meus temores.
Quero sentir o perfume das flores
E encontrar lembranças do teu cheiro.

Tomam-me pensamentos invasores,
Quero que sejas meu companheiro
E viverei momentos encantadores.
Ao sentir meu corpo a te tocar inteiro
Quero sentir o perfume das flores

Auristela Fusinato Wilhelm

EM TEU AMOR ME REFAÇO

Pois em teu amor, me refaço
E abraço o universo!
Componho com ele o laço,
Nas nuvens o sonho imerso

Não há momento adverso,
Nem me toma o cansaço.
Pois em teu amor, me refaço
E abraço o universo!

Coração em descompasso,
Nas estrelas descanso e peço:
Dá-me também teu abraço.
Para ti fiz esses versos,
Pois em teu amor, me refaço.

Auristela Fusinato Wilhelm

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

HORIZONTE


Ao longe, apenas o vazio.
O pensamento infértil
Como um dia frio.

Auristela Fusinato Wilhelm

Poesia On-Line 03/09/08 - 22:32
Mote proposto por Nilza Azzi
Horizontes a Desvendar

IN - SONE

Sonho
que durmo e sonho.
E o sonho
é meu descanso no sono.
De que sono é feita
minha noite mal dormida
se preciso sonhar
que sonho pra dormir?
Auristela

COMPLEXOS

Meus complexos são complexos
Sou pouco, quase nada!
Sou insegura, todos me olham,
Sou pequena, me dá medo!
Deixa pra lá, chuto a lata:
Nem melhor, nem pior...
Diferente!
Auristela

POETRIX - TRIPLIX

Evolução
Nasce nova estrela
Trevas perdem espaço;
Na partida do poeta...
Ronaldo

Sempre
A florir o céu
Encolhem-se assustadas
Ouço o canto do Zefir
Nilza

Luz
Brilha mais o infinito.
O negrume desbotando
Fica o céu mais bonito.
Auristela

Evolução/Sempre /Luz
Nasce nova estrela/a florir o céu/brilha mais o infinito.
Trevas perdem espaço;/encolhem-se assustadas/o negrume desbotando
Na partida do poeta.../ouço o canto do Zefir/fica o céu mais bonito.
Ronaldo / Nilza / Auristela
(construido no Recanto das Letras)

RECONHEÇO

Que a vida é muito curta
Que vale a intensidade
Que empenhamos nessa luta
Basta querer com vontade

Que há sempre o que aprender
Que ainda se pode sonhar
Que para o milagre acontecer
O mais importante é amar

Que temos uma força incrível
Que não se pode esmorecer
Que a alma é incorruptível
E vale a pena viver

Auristela Fusinato Wilhelm

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

LONGOS DIAS

Como são longos esses dias,
Em que olhamos o horizonte
E vemos lá nossos sonhos
Voando em nossa direção.

Parece que não chegam,
Que a atmosfera não tem ar suficiente,
Que podem fazer a volta
E dirigir-se a outro lugar.

De braços abertos,
O desejo é de voar também,
Para realizá-los mais cedo.

Eles vêm...
Olha um pontinho se aproximando.
Essa angústia, essa sede,
Esse grito de liberdade sufocado,
Tudo isso vai acabar.

Eles vêm...
Estão chegando...

Auristela fusinato Wilhelm
(em 25/09/2008)
Para uma amiga especial

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

SAIAM DA MINHA PORTA

Por favor saiam da minha porta
Saiam com esse discurso insano
Em estado de letargia quase morta
Minha cidade natal que tanto amo.

Doze não, nem mais um ano
Esse rumo certo é estrada torta
Por favor saiam da minha porta
Saiam com esse discurso insano.

Essa inércia me causa revolta
Tantas promessas, um ledo engano
É sofrimento que o coração corta
Mas eu grito, com força proclamo
Por favor, saiam da minha porta.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 22/09/2008)

HAYCAIS DE PRIMAVERA

Cartel multicor
Rebrotam as esperanças
Perfume no ar.

Na nudez dos troncos
Espocam pontos mui verdes
Renovam-se os tempos.

Da cor da paixão
O jardim expõe as rosas
Sem marcas da poda.

Vestidas a rigor
Anfitriãs da primavera
Exibem belas cores.

Entre folhas novas
Pássaros cantam vadios
Construindo ninhos.

Néctar perfumado
No jardim cor da paixão
Borboleta beija.

Luz apagando
Flores não querem dormir
Espalham perfume.

Luz que risca o céu
Rasgando o véu da noite
Flores irrigadas.

Recolhe-se o dia
Brisa fresca e molhada
Com cheiro de flor.

O dia quer dormir
Entardecer perfumado
Pássaros ao ninho.

No tronco queimado
Despontam tímidas gemas
Vida se refaz.

Alegrias renovadas,
Botões que se fazem flores.
Lagarta quer voar.

Lua enevoada,
Descaso aos olhos ansiosos.
Beleza ocultada.

Primavera convida
Natureza veste a rigor
Flores fazem festa.

Auristela Fusinato Wilhelm

NÃO OLHE QUANDO EU SAIR

Já não posso resistir à indiferença,
Vou embora, procurar outro lugar.
Te liberto, pois da minha presença,
Não me olhes e nem fiques a acenar.

Vou pra longe, muito longe... além mar.
Vou tentar curar a dor que é imensa.
Já não posso resistir à indiferença,
Vou embora, procurar outro lugar.

Minha dor se transformou numa doença
E se fico isso tende a se agravar.
Não há nada que segure ou me convença,
Vou embora para nunca mais voltar,
Já não posso resistir à indiferença.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 22/09/2008)

domingo, 21 de setembro de 2008

QUANDO UM POETA PARTIR

Quando um poeta partir
Não chore, cante seus versos
Que o céu o recebe a sorrir
Recebe-o de braços abertos.

Seu destino não é incerto
Em outro espaço vai construir
Quando um poeta partir
Não chore, cante seus versos.

Não se finda o seu sentir
Mesmo que pareça incerto
Novos versos vai proferir
Ao adentrar outro universo
Quando um poeta partir...

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 21/09/2008)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

MORRER POR AMOR

Já não posso mais resistir à tortura
O meu amor e meu viver a ti entrego
Aceita-os ou me levarás a loucura
Se não os queres, à vida então me nego.

Ficar sem ti, é o mesmo que morrer
E estou disposta a receber tal morte.
Melhor partir com o coração a doer
Do que sofrer, não sou assim tão forte.

Em meu partir, não derrames tuas lágrimas.
Se em vida não quiseste me dar amor,
Não necessito em morte de tuas dádivas.

Não voltarei, não há choro que valha,
Nem mesmo preces ditas com louvor.
Vida perdida no fio da navalha

Auristela Fusinato Wilhelm

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

EU NÃO DESISTO

Sinto o peso dos percalços,
Que às vezes freiam a vida.
Deixando-me aos pedaços,
Mas também amadurecida.

Mesmo quando estou ferida,
Não me entrego ao cansaço.
Sinto o peso dos percalços,
Que às vezes freiam a vida.

Nos caminhos que refaço,
Nem sempre é luta vencida.
Nem é fadada ao fracasso,
É apenas mais uma partida.
Sinto o peso dos percalços...

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 17/09/2008)

RECONHEÇO

Que a vida é muito curta
Que vale a intensidade
Que empenhamos nessa luta
Basta querer com vontade

Que há sempre o que aprender
Que ainda se pode sonhar
Que para o milagre acontecer
O mais importante é amar

Que temos uma força incrível
Que não se pode esmorecer
Que a alma é incorruptível
E vale a pena viver
Auristela Fusinato Wilhelm

(em 17/09/2008)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

PORQUE A VIDA É AGORA

Aos encantos da vida,
Entrega-te por inteiro
Que a vida passa ligeiro.

Tua existência lapida
Ama incondicionalmente
Vive o momento presente.

Sem medo de errar.

Sem medo de ser feliz.

Auristela Fusinato Wilhelm
em 16/08/2008

EU TOCAREI O CÉU

Melhor é sonhar!
Do sonho não voltar,
Melhor é se perder.

Não amanhecer,
Seguir o caminho, andar
Do sono não acordar.

E então o céu tocar.

E em outra dimensão estar.

Auristela Fusinato Wilhelm
Poesia on line Recanto das Letras
Mote para 13/09/2008
"EU TOCAREI O CÉU"

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

UM NOVO AMOR

Um novo amor não me interessa
Apenas meu velho amor renovar
Vou lapidando não tenho pressa
Bem de mansinho, vou devagar

É tão gostoso esse velho amar
A cada dia uma nova promessa
Um novo amor não me interessa
Apenas meu velho amor renovar

No palco da vida sobrevive a peça
Novo espetáculo sempre a começar
Entre choros e risos, curtir à beça
Esse amor nasceu foi para brilhar
Um novo amor não me interessa

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 10/09/2008)
Poesia on line
Recanto das Letras

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

OS VERSOS QUE NÃO FIZ

Perdi os mais belos versos
Porque não me preparei.
Na bolsa onde levo o universo,
Papel e caneta não levei.

Em meu pensamento disperso,
As palavras não guardei.
Perdi os mais belos versos
Porque não me preparei.

Tudo ocorreu ao reverso,
Feito amor que não declarei.
Ficou um poema imerso,
Como um beijo que não dei
Perdi os mais belos versos.


Auristela Fusinato Wilhelm
(em 08/09/2008)
Poesia on-line
Recanto das Letras)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

MEU ABRIGO

O que me faz sentir em abrigo
São teus braços em mim envoltos.
Faz-me bem estar assim contigo,
Mesmo que queiras, eu não solto.

Apaziguas meu coração revolto
Toda vez que estás comigo.
O que me faz sentir em abrigo
São teus braços em mim envoltos.

Conheço a noção do perigo
Mesmo que digas vai, eu volto.
Quero sempre estar de castigo,
Sob teus olhos, à minha escolta,
O que me faz sentir em abrigo.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 05/09/2008)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

HORIZONTE


Ao longe, apenas o vazio.
O pensamento infértil
Como um dia frio.


Auristela Fusinato Wilhelm
Poesia On-Line
03/09/08
Horizontes a Desvendar
Mote proposto por Nilza Azzi
Recanto das Letras

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O AMOR

Uns dizem que é o amor inexplicável,
Uns outros, que o amor deixa ferida.
Há quem diga que o amor é inabalável
Outros passam sem amar nunca na vida.

Quem tem razão, não é coisa definida
Que com amor a vida é bela é indubitável
Uns dizem que é o amor inexplicável,
Uns outros, que o amor deixa ferida.

Quem nunca amou leva uma vida execrável
Passa no mundo e quando vê: vida perdida.
Nada assemelha-se, o amor é incomparável,
E amar então, felicidade garantida.
Uns dizem que é o amor inexplicável...

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 02/09/2008
a partir dos dois primeiro versos
deixados por Eritânia Brunoro)

O PESO DA VIDA


Como Sísifo, também fui condenada,
A empurrar uma pedra todo dia.
E é inútil a força empenhada,
Ela volta, permaneço em agonia.

Diariamente buscando alforria
Começando uma nova jornada.
Como Sísifo, também fui condenada,
A empurrar uma pedra todo dia.

No que era para ser conto de fada
O desespero se faz melodia.
Enfraquece como flauta encantada
Faz do sonho uma grande ironia.
Como Sísifo, também fui condenada.

Auristela Fusinato Wilhelm
(em 02/09/2008)