Já é bem tarde,
Inúmeras e malsucedidas vezes
Tento dormir.
Irracionalmente irritada,
Levanto, ando em círculos.
Desvencilho-me do quarto,
Que insiste em me prender.
Sinto-me suficientemente forte,
Atraída pelos mistérios noturnos.
Ando até o jardim.
É a liberdade inconfundível,
Da escura, iluminada
E desconhecida noite.
Ao mais leve sopro do vento,
Recarrego minhas energias.
Minha atenção se volta,
Às centenas, milhares, milhões...
De pontos flutuantes,
Que povoam a Via Láctea.
Quantas lembranças eu guardo,
Do meu canto favorito,
Onde a contar estrelas
Dei vazão a fantasia
E prometia a mim mesma
Que no dia seguinte continuaria.
A história se repete
E sinto uma paz infinita,
Fecho os olhos lentamente,
Eles não querem se abrir.
Volto à minha cama.
Ah! Que sono...
(Auristela Fusinato Wilhelm
em 07/01/2008)
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