QUEM SOU EU

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O sagrado de cada um

O sagrado de cada um 

Cultivo minhas verdades,
No meu espaço sagrado,
Meu santuário intocável.

Em nome da tua liberdade,
Não me venhas sufocar.
Eu não vivo sob pressão.

Dispõe de tudo o que é teu.

Mas não toca no que é meu!

Auristela Fusinato Wilhelm
em 21/10/2009

Desfrutar o momento ou cuidar do amanhã?

Se hoje planto, amanhã eu colho
Se eu não colher
Alguém poderá fazê-lo.


O ontem de hoje, o hoje de amanhã.
Não há como separar
Façamos tudo com zelo.


Mais dias, menos dias, não sabemos quantos temos.


E cada um que está por vir, depende do que hoje fazemos.


Auristela Fusinato Wilhelm

Poesia On-Line, 15/10/2009

Prioridades

No meu dia mais brilhante
Como se fosse um diamante
Lapidei minha memória 

A ideia não foi mudar o passado
Mas deixei coisas de lado
Agora é outra a história 

O caminho é aquele que sempre andamos


A safra depende do que priorizamos.


Auristela Fusinato Wilhelm
em 14/10/2009
Herança


Não herdei bens materiais,
Herdei o que me ensinaram
E devo isso aos meus pais.


A liberdade eu não ganhei,
Numa família muito austera
Essa eu é que conquistei.


Nos tropeços da mocidade


Foi que herdei a liberdade.


Auristela Fusinato Wilhelm
em 13/10/2009


domingo, 11 de outubro de 2009

Por vezes...


Por vezes vem um desespero
E eu cultivo com esmero,
Um infatigável padecer.

Por vezes vem uma fadiga
E da força suprimida,
Brota em mim um novo ser.

Por vezes vejo meu sonho morrer,

E das cinzas recomeço o meu viver.

Auristela Fusinato Wilhelm

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Criei uma espécie de masmorra,
Onde prendi meus desafetos
E as passagens mais bizarras
Camuflados pelo brilho do verniz.
Na proteção de trancas e cadeados,
Chave escondida, segurança garantida.


Vigiei constante e incansavelmente
E nessa prisão trancafiei minha alma.
No bolor do passado deixei construir meu ser
Lembranças amargas saboreadas diariamente.

Verniz descascado, mofo a sair pelas frestas
Luz quase apagada, vida quase suprimida.
Tempo de moléstias, quase então a despedida
Luz que se acende. Será que a chave é esta?

Portas abertas, uma nova construção
Caminhos diversos, decisões a tomar
E muito ainda é preciso descartar.

Aqui nesse peito, bate um novo coração
Nova vida a brotar dessa liberdade
Enfim a caminho da verdadeira felicidade.

Auristela Fusinato Wilhelm

em 01/10/2009

Desfolhar o Ser

Minha mente ecológica não imprimiu as páginas
História zipada, retida nas folhas da memória
Pra poupar espaço, só deixei acessível parte dela.

Arquivo descompactado, fiz descobertas incríveis
Vida desfolhada, visão ampliada, nova história
Essências guardadas deram novo sabor à existência.

Desfolhei o livro existencial para compor nova vida

Descartei passagens como quem desfolha a margarida.

Auristela Fusinato Wilhelm
30/09/2009

Primavera

Vida refeita após a poda,
Vestem-se os troncos nus,
Cobertos de pontos verdes.

Entre folhas, passarinho,
Constrói faceiro seu ninho.
Novos tempos, vida nova.

Rebrotam as esperanças,

O jardim expõe as rosas.

Auristela Fusinato Wilhelm 

em 24/09/2009

Diante do espelho, vestida me sinto nua,
Inteira me sinto aos pedaços.
O que foi feito de mim?

De quem é esse rosto
Que trocou o viço por vincos
E me olha como se tudo soubesse de mim?

Outra face, outra alma, outra vida...

Talvez por isso eu não me reconheço.

AuristelaFusinato Wilhelm
20/09/2009

Por hoje

Só por hoje d
esejo com sinceridade
Jogar fora o que me incomoda
E essa melancolia que me invade.


Essa dor, essa angústia, esse medo.
Ah se  eu descobrisse o segredo...

Melhor mesmo é não fazer nada
Esperar que volte a normalidade
E ter a noite de sono esperada.

Auristela 19/09/2009