QUEM SOU EU

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Criei uma espécie de masmorra,
Onde prendi meus desafetos
E as passagens mais bizarras
Camuflados pelo brilho do verniz.
Na proteção de trancas e cadeados,
Chave escondida, segurança garantida.


Vigiei constante e incansavelmente
E nessa prisão trancafiei minha alma.
No bolor do passado deixei construir meu ser
Lembranças amargas saboreadas diariamente.

Verniz descascado, mofo a sair pelas frestas
Luz quase apagada, vida quase suprimida.
Tempo de moléstias, quase então a despedida
Luz que se acende. Será que a chave é esta?

Portas abertas, uma nova construção
Caminhos diversos, decisões a tomar
E muito ainda é preciso descartar.

Aqui nesse peito, bate um novo coração
Nova vida a brotar dessa liberdade
Enfim a caminho da verdadeira felicidade.

Auristela Fusinato Wilhelm

em 01/10/2009

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