QUEM SOU EU

quarta-feira, 18 de junho de 2008

MORRE UM POETA

Na cidade sem dono,
Rua de sonhos e dissabores,
Ouve-se um canto distinto.
Seresta para a bela amante:
É ela que dilacera corações.

Poeta, mestre de emoções
Põe-se a declamar seus versos.
A musa ingrata desdenha,
Sonhar, ainda assim ele promete.
Feliz, espera que ela venha,
Coração bate forte, enfraquece.

Em meio à platéia pequena,
Festa, não vai ter, esquece.
Ah, pobre poeta sucumbiu
Como tantos outros e partiu.

É agora alma solitária
Bom anjo a amar no céu
Amar, foi o seu mal maior...

Auristela Fusinato Wilhelm
(a partir da trova
na rua, ouve seresta,
é poeta, põe-se a sonhar,
feliz, coração em festa,
ah, como é bom amar...
(Carmem)

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