Cara suja, cheiro de pó,
Vida doída, barriga vazia.
Não tem escola, está só.
Porque motivo sorriria?
Nenhum rascunho de alegria,
Que fosse um sorriso bocó.
Cara suja, cheiro de pó,
Vida doída, barriga vazia.
Cansou de tanto trololó,
Ouve promessa, se arrepia.
Não quer caridade nem dó,
Quer vida nova, novo dia,
Cara suja, cheiro de pó...
Auristela Fusinato Wilhelm
(em 30/06/2008)
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